Muitas são as aflições dos justos,mas o Senhor o livra de todas.Bem aventurados os puros de coração,porque eles verão a Deus.obrigada pela sua amizade,Deus te abençõe sempre.
HISTÓRIA REAL DO MAIOR PREGADOR
DE CURA DIVINA DA ÉPOCA:
MISSIONÁRIO DAVID MARTINS MIRANDA
“De congregado mariano a pregador do evangelho de Jesus Cristo”
Capítulo 1: Infância e adolescência
No município de Reserva, no Paraná, existia uma fazenda com o nome de Santa Helena. Esta fazenda era de propriedade da família Miranda, que era composta por cinco membros: o casal senhor Roberto e dona Anália e seus três filhos Araci, Clodomiro e Juquinha. O senhor Roberto administrava a fazenda desde o cultivo da terra nas plantações, até a criação de gado e outros animais. A casa da fazenda era totalmente rodeada por pinheiros, que faziam um lindo contraste com a terra fértil e avermelhada do Paraná. Foi neste lugar maravilhoso, entre árvores, plantações e animais que eu nasci.
Meus pais não conheciam a Bíblia, mas por desígnio divino, deram-me o nome de David; sem nunca imaginar que aquele menino ao qual dona Anália, minha mãe, havia acabado de dar à luz, estava escolhido desde o ventre para ser o que sou hoje: “Um servo fiel do Senhor Jesus, que prega a cura divina e a libertação das almas”. Com a minha chegada, a família passou a ser composta por seis pessoas, mas ela ainda não estava completa. Mais tarde, viria mais uma menina por nome de Anani, a caçula da família Miranda.
Meus pais eram católicos, haviam aprendido a crer em Deus, de acordo com o ensino católico romano; cumpriam sua religião com o corpo, a alma e a mente. Eram sinceros naquilo que criam. Por esse motivo, a casa de meus pais foi por longos anos, a igreja católica e hospedagem para padres missionários que para lá se dirigiam. Era um lugar bastante afastado da cidade e o povo da redondeza se dirigia para lá de três em três meses, na época em que os padres missionários vinham celebrar missas , casamentos e batizados.
Eu fui criado em um lar muito católico, de forma que mais tarde, eu também passei a ser católico apostólico romano, como meus pais e toda a minha família. Nós éramos devotos de São Gonçalo do Amarante e todos os anos, no dia seis do mês de Agosto, realizávamos uma grande e concorrida festa em homenagem ao “santo” da família. Esta festa era de grande importância para nós; e para que pudéssemos realizá-la, meu pai gastava vultuosa quantia em dinheiro. Fogos de artifício de toda espécie eram comprados, também matávamos várias cabeças de gado da fazenda para alimentar gratuitamente os romeiros que para lá se dirigiam, a fim de homenagearem São Gonçalo do Amarante.
Era formada no pátio da fazenda, uma enorme fogueira que me fascinava, a qual dávamos o nome de Caieira. Esta fogueira chegava a medir vinte metros de altura e era erigida bem alto para que pudesse iluminar à grande distância, a longa procissão que seguia para lá. Durante toda noite, enquanto a fogueira Caieira se mantivesse acesa, havia gente ao seu redor comendo e bebendo. Para se levantar a fogueira, eram gastos metros e metros de lenha, porém, meu pai não olhava o gasto, pois o “santo” homenageado, era o que recebia maior devoção de toda a minha família.
No decorrer da festa, a romaria tinha parte também no interior da casa, pois um dos cômodos, o mais amplo, era o santuário da família. Era neste cômodo que ficava o altar a São Gonçalo do Amarante. Quando a romaria passava a ter continuidade dentro da casa, nesse cômodo, dois violeiros ficavam de frente para o altar cantando as rezas do “santo”, enquanto duas filas, uma de homens e outra de mulheres, se colocavam atrás dessa dupla e dançavam a noite toda. Havia tanta reverência neste ritual, que ninguém dava as costas ao altar em nenhum momento sequer.
Em um determinado momento durante a festa, era levantado no pátio em frente à casa principal da fazenda, um mastro que era feito de pinheiro esquadrejado, pintado com mais ou menos, oito tipos de tintas em cores diferentes. A bandeira do “santo” era hasteada na ponta desse mastro e nesse instante, milhares de fogos de artifícios eram queimados. Isso causava tal barulho, que chegava a ensurdecer os que estavam mais próximos. Eram tantos e tão diferentes os tipos de fogos soltos ao mesmo tempo, que formavam nuvens de fumaça no ar. Todos os anos, nós realizávamos essa festa e o mastro permanecia por dois ou três anos no mesmo local, sem cair, pois era de uma madeira muito forte e resistente. No outro ano, mesmo que o mastro do ano anterior não houvesse apodrecido, levantava-se outro ao lado daquele, por isso, às vezes chegávamos a ter até dois ou mais mastros num mesmo pátio, porque eles só podiam ser retirados dali, se estivessem caindo de podre ou velhos.
Sem dúvida, essa era a maior festa realizada fora da cidade de Reserva e era a festa católica mais comentada da região. Quem a realizava, era a fazenda Santa Helena, propriedade da minha família.
Lembro-me que ainda adolescente, tornei-me congregado mariano e usava com orgulho, a minha fita azul ao pescoço, com a medalha da minha protetora; também minhas irmãs Araci e Anani, se tornaram filhas de Maria, a exemplo de minha mãe, a qual era apostolada. Eu aprendia com os padres missionários, nossos hóspedes, o catecismo e estudava com afinco as apostilas que eles me traziam; porém, nada disso me ajudou a evitar o mundo de pecado para onde me dirigi, mesmo sendo tão religioso. Muito cedo comecei a fumar, beber, jogar e praticar todo tipo de atos que não agradam a Deus, sem receber nenhuma orientação de que deveria colocar um ponto final em tudo aquilo, porque eu estava a desagradar o Deus criador do homem.
Capítulo 2: A mudança e o meu primeiro emprego
Eu e meus irmãos tínhamos grande admiração por papai e seguíamos sem pestanejar, a sua fé e crença, mas quando completei treze anos de idade, meu pai veio a falecer, o que fez com que nos sentíssemos meio desamparados; porém, não desanimamos e continuamos a morar na fazenda, fazendo o mesmo trabalho que ele desenvolvia.
Mamãe assumiu o controle de tudo, em relação à administração dos negócios, porque nós, por muito que quiséssemos, nada podíamos fazer para ajudá-la nesta parte, então procurávamos ajudar nos pequenos afazeres, pois éramos todos menores de idade. Foi uma luta muito grande para mamãe, criar os filhos e assumir a fazenda, território masculino, sozinha.
Quatro anos após a morte de papai, anos de muita luta para mamãe, vendemos a fazenda e fomos morar em Monte Alegre, ainda no estado do Paraná. Passei a trabalhar na fabrica de papéis Klabin. A sessão em que eu trabalhava era composta por aparelhos de alta precisão; estes aparelhos mediam toda a produção do maquinário, desde a chegada da madeira em estado bruto, até a saída dos papéis já prontos, das maquinas. Ali passei algum tempo trabalhando e mantendo ainda a doutrina que havia recebido em minha infância.
No mês de Abril do ano de 1957, minha mãe voltou a vender a outra casa em Telêmaco Borba, ainda no Paraná e fomos morar em São Paulo, para onde minha irmã Araci já havia ido.
Até então, eu ainda era congregado mariano e continuava a guardar nossa religião como sendo muito cara para mim. Respeitava os “santos” e guardava todos os dias consagrados a eles. Por outro lado, eu gostava de carnaval, freqüentava bailes, cinemas, circos, teatros, luta-livre e futebol. Na luta-livre, eu tinha um lutador predileto que era o mascarado; ele era um lutador diferente dos demais, lutava com uma máscara no rosto e ninguém o conhecia; isso o cercava de uma áurea de mistério que me fascinava, por isso eu gostava imensamente de vê-lo lutar. No Boxe, o meu boxeador predileto era o Eder Jofre. Eu tinha também um time de futebol de adoração, que era o São Paulo Futebol Clube. Quando o meu time ou a seleção brasileira perdia um jogo, eu chegava a chorar, devido ao meu fanatismo e adoração desenfreada por este esporte.
Mais ou menos no ano de 1957, minha mãe se converteu a Jesus. Minha irmã Araci, nesta época, já era crente a um ano e os meus outros irmãos, após a conversão de minha mãe, foram se convertendo; apenas eu resistia ao evangelho e continuava incrédulo. Eu não queria acreditar, que mamãe, que era tão católica, havia se tornado crente; e ela, ao se converter a Jesus, abriu as portas da casa para que os crentes viessem visitá-la e realizar cultos domiciliares. Se ela, na incredulidade havia feito de nossa casa uma igreja católica, por que não torná-la agora em uma igreja evangélica?
Mas eu não via o fato por esse ângulo e dentro do meu coração, me revoltava por ver minha mãe agindo dessa forma. Uma grande decepção invadia-me e sentia-me traído por minha família. Eu pensava: “Como eles podem ter mudado tão facilmente de religião?” Eu considerava isso como uma afronta à memória e à religião de meu pai e pensava que se meu pai ainda estivesse vivo, mamãe não estaria agindo assim.
Eu ficava furioso ao ver os crentes todos os domingos em minha casa e para mostrar o meu desagrado e o quanto isso me irritava, assim que eles entravam na sala, ligava o rádio no meu quarto, sintonizava em uma emissora que estivesse ou fosse começasse a transmitir futebol e aumentava o volume na ultima altura; pensava que dessa forma, poderia perturbar o culto deles e fazê-los ir embora. Eu não dava a mínima importância a tudo aquilo que eles estavam falando sobre Deus e outras coisas mais e não me interessava sobre a conversa deles sobre Jesus Cristo. Era um incrédulo nato. Eles sem dizer nada apenas me suportavam e oravam a meu favor. Outras vezes, quando eles chegavam em casa, eu saía; tinha que mostrar o meu desprezo por eles, então passava pelo local onde estavam, sem ao menos olhá-los. Enquanto eles ficavam em casa com mamãe, eu ia para a catedral católica Praça da Sé e ficava ali por muitas horas lendo catecismo e rezando; pedia aos "santos" que trouxessem de volta ao catolicismo, toda minha família e principalmente minha mamãe.
Certo dia, quando eu cheguei do trabalho, encontrei minha mãe vasculhando gavetas procurando santinhos de papel e se desfazendo deles, rasgando-os; também pegava as imagens de esculturas e preparava para quebrá-las, junto com os oratórios. Eu não queria acreditar no que meus olhos viam; então, sem poder presenciar por mais tempo tudo aquilo, profundamente magoado com mamãe, apanhei tudo de suas mãos e levei para o meu quarto, trancando-os lá. Meu quarto era pequeno e ficou repleto de idolatrias; eu mal tinha espaço para me locomover, mas estava satisfeito, eu havia conseguido salvar algumas imagens.
Cheio de revolta eu pensava comigo e dizia: “Que tipo de religião é essa, que não permite que se tenha em casa as imagens dos ‘santos’ que por tanto tempo haviam sido objetos de nossa adoração?” Na época eu não entendia que não era a religião de mamãe que proibia, mas a própria palavra de Deus é que condena; como está escrito: “Não farás para ti, imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima no céu, nem embaixo na terra e nem nas águas debaixo da terra” (Deut5:8). Mas, por mais que eu tentasse, realmente não conseguia entender minha mãe; para mim, aquilo que fizera não tinha lógica nenhuma. Cheguei a pensar que mamãe estivesse mentalmente fraca.
As imagens que eu havia levado para o meu quarto, eram muitas e algumas possuíam até setenta e cinco centímetros de altura. As vezes, ao acordar de madrugada no meu quarto, me assustava com as imagens, pensando que pudessem ser pessoas que haviam entrado sorrateiramente.
Minha revolta contra mamãe, aumentava a cada dia, pois já a alguns meses, eu vinha sentindo uma angústia desesperadora e culpava minha mãe, achando que a minha inquietação era porque ela permitia que os crentes viessem à nossa casa para realizar cultos. Eu não entendia ou não queria entender, que tudo aquilo de anormal que eu estava sentindo era a voz de Jesus e sua mão de poder, já trabalhando em minha vida para trazer-me para seu rebanho.
No início do ano de 1958, eu tomei a decisão de abandonar o meu lar e esperava uma oportunidade para fazê-lo (a luz não tem comunhão com as trevas). No dia seis de julho desse ano, quando eu voltava de uma matinê dançante para casa, vinha pensando em uma maneira de poder escapar do meu lar sem que ninguém notasse; eu havia decidido ir embora de casa naquela noite mesmo. Dois dias antes, eu completara vinte e dois anos, portanto, nada me impedia de viver a minha vida. Pensando assim, eu andava depressa, queria chegar logo à minha casa, pegar minhas coisas e sumir. Eu ia pensando comigo mesmo: “Nunca mais verei esses crentes na minha frente, nem perto de mim e muito menos junto comigo numa mesma casa”. Ah, como eu me enganava! Aquela havia sido uma decisão diabólica, tomada minutos após eu haver saído de uma matinê. Porém, como “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia” (Salmo 46:1). Ele me socorreu e ao perceber, estava em frente a uma igreja evangélica.
Capítulo 3: O evangelho em minha vida
Era por volta das dezenove horas, eu vinha pela Estrada da Conceição, em Vila Munhoz, São Paulo; como sempre, procurava uma festa, quando fui surpreendido por um cântico; pensando tratar-se de um baile ou coisa parecida, parei para ouvir o que era aquilo. Muitas vozes cantavam ao mesmo tempo; “ A garça de Jesus, jamais me faltará, jamais me faltará”. Eram vozes de homens e de mulheres, e cantavam juntos; quando pude perceber, eu estava em frente a uma igreja de crentes. Lutei para fugir daquele local e pensava comigo mesmo: “Mas como é que eu fui parar justamente nesta porta? Eu estou acostumado a passar por este local e sempre neste trecho, eu atravesso para o outro lado da calçada; como é que hoje, eu não desviei o caminho?” Não conseguia dar nenhum passo que me levasse para longe dali; minhas pernas pareciam de chumbo e como que guiado por uma mão misteriosa, entrei e sentei-me tremendo da cabeça aos pés. Eu que era vaidoso e soberbo e ainda por cima, não gostava dos crentes, ao ouvir aquele corinho, senti algo diferente e estranho, como eu nunca havia sentido até então na minha vida; e, apesar de minha vaidade e do espírito soberbo, entrei naquele salão de culto onde só haviam crentes pobres e humildes. Ao entrar no local, notei que todos olhavam para mim; alguns, disfarçadamente, outros, abertamente. Eu creio que eles olhavam para mim e pensavam que eu era um doutor, pelo modo como eu me trajava. Eu estava muito bem vestido, pois estava vindo de uma matinê dançante.
Quando eu me sentei num dos bancos daquele salão, uma voz começou a penetrar nos meus ouvidos, tentando me persuadir a sair dali e dizia: “Vá embora, não há ninguém aqui que pertença ao mesmo nível que você; aqui não há ninguém que pertença à média ou à alta sociedade; esse não é o seu ambiente”. Tentei me levantar e sair dali, mas era como se alguém me segurasse; tentei me levantar e novamente não consegui. Hoje eu sei que era o Espírito Santo de Deus, lutando por mim.
Permaneci naquele local até o final do culto, muito embora eu não os acompanhasse nos glorias as Deus e aleluias e nem ao menos cantasse os corinhos e hinos; eu era soberbo demais para isso e cria que aquilo eram atos de pessoas sem respeito. Pensava comigo mesmo: “Onde já se viu bater palmas e fazer tanto barulho dentro de um igreja? O que eu não sabia, é que aquelas pessoas estavam apenas manifestando a alegria que o crente fiel a Deus sente, ao prestar-lhe um culto. O que eu não entendia, é que aquele povo apenas demonstrava imensa alegria de servir a Deus e cheios do Espírito Santo, faziam o pequeno salão estremecer com os seus louvores. Isso era algo que eu não entendia, pois o homem natural não entende esses mistérios de Deus.
Após os louvores, foi concedida a palavra ao pastor que iria trazer a mensagem de Deus naquela noite. Lembro-me bem que era um pastor baiano, com o sotaque nordestino bem acentuado e de um português muito ruim. Ele leu a palavra do Senhor, ou seja, a Bíblia, em Gênesis, capitulo vinte e dois, que fala sobre o sacrifício de Abraão. O pastor lia aquele texto e a mensagem penetrava em meu coração como fogo que ia destruindo toda a minha incredulidade. Notei que aquele pastor não possuía sabedoria humana; percebi que era um homem sem estudo e no meu orgulho pensei: “Agora eu quero ver! Ele não tem sequer um sermão escrito consigo, como ele vai explicar alguma coisa para essas pessoas?”
Ah, como eu me enganava. Eu pensava e cria que os servos de Deus falavam de si mesmos; porém, tive uma enorme surpresa , pois nessa hora, Deus começou a falar pela boca daquele seu servo e os quase cinqüenta membros que ali estavam, não se continham e davam glórias a Deus e aleluia! Eram jovens, senhoras, anciãos, enfim, pessoas de varias idades, mas todas unidas em um só espírito, porque todos eles sentiam o poder de Deus e a virtude do Espírito Santo em suas vidas. Eu, cheio de orgulho e soberba resistia em silencio, embora ouvindo palavras tão tocantes, como jamais ouvira em toda minha vida de vinte e dois anos. O pastor decorria o texto de uma maneira, que falava diretamente em meu coração. Cada palavra que ele dizia, penetrava mais profundamente a minha alma e eu pensava: “Eu nunca vi esse pastor; ele não conhece a mim, nem a minha família, como ele pode estar falando a respeito da minha vida?” O que eu não sabia, é que não era o pastor que falava e sim o Espírito Santo, que conhece todas as coisas.
Em dado momento, eu comecei a sentir algo diferente acontecendo comigo, dentro de minha alma; algo que eu nunca sentira entes; algo maravilhoso. Fechei os olhos e vi como que, serpentinas de fogo no ar, dentro da igreja; então comecei a ‘ver’, os meus pecados e as minhas misérias; os quais, até aquela hora e data, eu não havia sentido antes. Pela primeira vez, após tantos anos e muito tempo em minha vida, eu comecei a chorar. Chorei de arrependimento, por meus pecados, chorei por tudo que eu já fizera à mamãe, chorei pelo abandono e isolamento de minha família, que eu mesmo provocara e principalmente, chorei por haver magoado tanto a Jesus. Eu reconheci naquele, instante todos os meus pecados, que até aquela data de seis de julho de 1958, eu não havia reconhecido, pois não considerava-me um pecador. Como eu poderia ser um pecador, se confessava-me todos os domingos ao padre? Eu não tinha consciência, de que o único que poderia me perdoar e me absorver de todos os meus pecados, era Deus. Eu não sabia, que o único para quem eu deveria confessar os meus pecados, era Jesus.
Quando o pastor encerrou a mensagem, eram mais ou menos, nove e meia da noite, então, uma senhora bastante idosa que eu, é claro, não conhecia por ser a primeira vez que estava ali, começou a profetizar e ouve grande silêncio na igreja. Eu não sabia o que era profecia, nunca havia visto antes e sendo a primeira vez que entrava em uma igreja evangélica, tudo era novo para mim. Deus, através dela, começou a falar comigo, a respeito de minha vida. Eu sabia que era Deus; só podia ser Ele, pois eu não havia dito nada a ninguém que iria abandonar o meu lar, a minha família e no entanto, aquela senhora estava falando coisas a meu respeito que só eu e Deus sabíamos. Eu era solteiro, cuidava dos negócios da minha mãe e sustentava a casa; ninguém poderia saber dos meus planos; porém, aquela senhora continuava a falar tudo a meu respeito e as palavras mais tocantes foram estas: “Não sabes tu que morri por ti, derramando o meu sangue na cruz do calvário? Por que rejeitas a salvação e o amor que te ofereço?” Foi nessa hora exata, que tomei a decisão de ser um salvo por Jesus; sim, agora eu queria ser um crente.
Ao terminar o culto, quando me dirigia para casa, eu já não ia mais pensando em abandonar o meu lar, mas sai dali com bons pensamentos e chorando pela rua feito criança. Me sentia completamente modificado, com o meu corpo bem leve e algo me tocando, me acompanhando, algo para o qual eu não tinha explicação, pois, eu sequer sabia que algo assim existia. Algo tão maravilhoso e sobrenatural, que o homem natural não conhece , não sabe que existe, nem pode receber ou sentir, enquanto não aceitar a Jesus como único suficiente salvador de sua alma.
Capítulo 4: Deixando a velha religião
Enquanto ia para casa, entrei em uma rua de terra batida sem iluminação e não me contive; olhei para o céu e prometi a Jesus deixar todos os vícios e pecados. Rasguei minha carteira de cigarros que trazia no bolso, ajoelhei-me em plena rua e com lagrimas nos olhos perdi o perdão de Jesus. Então vi uma luz de cor inexistente aqui na terra, que cruzou o céu como um raio ou um cometa e veio em minha direção, parecendo que ia cair bem ali onde eu estava, ajoelhado em plena via pública. Se eu já havia me sensibilizado por tudo o que ouvira na igreja durante aquela pregação, agora muito mais, pois senti que aquele sinal de luz, fora enviado por Deus, para que eu tivesse certeza de que o perdão e a salvação da minha alma estavam confirmados. Pela Segunda vez então, naquela noite, eu não tive outra decisão a tomar e prometi abandonar tudo que não agrada a Deus e que eu estivera praticando.
Ao chegar em casa, mais ou menos às vinte e três horas, minha mãe já estava dormindo e eu fui para o meu quarto. Talvez, se ela estivesse acordada, eu teria contado a ela que havia aceitado a Jesus, ou talvez não, não sei dizer. A verdade é que aquela alegria que eu estava sentindo, era tão grande, que eu tinha vontade de gritar ao mundo inteiro que Jesus havia me recebido de braços abertos, me perdoara e me salvara.
Ao entra no meu quarto, deparei com as imagens de escultura que eu havia levado para lá, evitando que mamãe as quebrasse (eram de minha adoração). Foi nesse exato momento, olhando para aquelas imagens, que eu compreendi as atitudes de mamãe. O mesmo e inabalável desejo, que mamãe sentira, de quebrá-las, tomou conta de mim. Apanhei todas elas, coloquei em um enorme saco e segurando tudo aquilo firmemente nas mãos, dirigi-me a um terreno baldio que ficava próximo à minha casa. Ali mesmo quebrei todas as imagens, uma a uma, até a do famoso bom Jesus, que eu mais amava e que media setenta e cinco centímetros de altura. Eu possuía também vários maços de baralhos, com diversificados tipos de jogos, pois gostava de jogar; naquele momento, porém, eu os rasguei, queimei e joguei fora junto com as imagens. Foram momentos decisivos em minha vida.
Por muito tempo eu cultivara uma revolta e ódio irracional contra os crentes, mas tudo aquilo de repente acabou; entretanto, ainda não havia tomado a coragem de contar à minha mãe, que agora eu também era um crente em Jesus.
Continuei indo todas as noites à igreja, mas ninguém em casa sabia que eu havia aceitado a Jesus. Quando me viam sair, pensavam que eu ia ao baile ou ao cinema. Eles nunca imaginariam que o David, aquele usado nas mãos do maligno para se revoltar e odiar a todos da família, agora também estava salvo por Cristo Jesus. Devido à minha grande incredulidade, o maligno, que é satanás, havia se aproveitado da minha fraqueza e jogara-me contra a minha própria família, de tal modo, que eu nem ao menos conversava com qualquer um deles e dentro daquela casa já não havia ambiente para mim; era por isso, que eu tinha vergonha de dizer que agora eu fazia parte daquele povo que eu tanto combatera. Foi no dia doze de julho, num sábado de oração, que eu recebi o batismo com o Espírito Santo; já fazia uma semana que eu havia aceitado a Jesus e freqüentava a igreja regularmente, todos os dias. Na noite em que eu fui batizado com Espírito Santo, passei a noite na vigília e cheguei em casa as seis horas da manhã, fui dormir. Quando acordei, mais ou menos ás treze horas, senti o Espírito Santo sobre mim e comecei a ler a Bíblia. Cheguei a um texto em que não conseguia entender uma parte do que estava lendo, então fui ler para minha mãe, para que ela me explicasse aquele trecho.
Comecei a ler com voz trêmula, mas no meio do versículo, o Espírito Santo, se apoderou de mim em línguas estranhas e eu comecei a glorificar o nome do Senhor. Mamãe também deu glórias a Deus, alegre e surpresa, pois até então, ela não sabia que eu havia me convertido ao Senhor. Para dizer a verdade, ninguém em casa sabia que eu havia me convertido. Talvez eles desconfiassem que alguma coisa acontecera, pois o meu quarto, antes tão entulhado, agora estava limpo de todas as imagens; porém eles não me perguntavam nada. A bem da verdade, nós já quase nem nos falávamos mais, devido a tantas brigas dentro de casa por motivo de religião. Então, ninguém sabia ainda do ocorrido que transformara a minha vida.
Eles congregavam em outra igreja cuja denominação era diferente da minha. Ninguém em casa, falava mais do evangelho para mim, porque falar comigo sobre esse assunto, era briga na certa. Naquele instante, porém, o Espírito Santo fez-me confessar pelas línguas estranhas que eu proferia, que eu era um novo convertido em Jesus Cristo. Daquele dia em diante, todos puderam notar a mudança completa que Jesus fez em minha vida. O meu exterior brilhava, transmitindo a alegria que transbordava do meu interior. Deus, na sua onisciência, podia ver a sinceridade, o anseio e a alegria em servi-lo, em meu ser. Eu não faltava um dia sequer aos cultos, pois cada um era mais maravilhoso a mim do que o anterior e também não perdia uma vigília, pois o Espírito Santo, dava-me enorme prazer e força para orar, jejuar e buscar os excelentes dons de Deus; até que fui batizado nas águas em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Nada podia me tirar daquele jubilo em que eu me encontrava. Trabalhar, para mim, agora era algo supérfluo, mesmo que disso dependesse a minha vida material. O meu desejo agora, era estar continuamente com Jesus, em todos os lugares, em todos os momentos e em cada segundo eu queria dedicar a Deus. O que eu sentia na minha vida, era algo tão sublime e maravilhoso, que todo e qualquer instante, para mim, era próprio para sentir a presença de Deus ao meu lado, junto comigo. No meu emprego, na hora do almoço, ao invés de ir para o refeitório com os outros, eu me trancava no banheiro e ficava orando baixinho e mesmo assim, sentia fortemente a presença de Deus. Aquele algo mais, que invadia a minha alma, era algo inexplicável e seria preciso reunir a todos os grandes sábios e cientistas da terra para explicarem o fenômeno e ainda assim, eles não saberiam dizer; porque o mistério divino da salvação, não há sabedoria humana, por mais profunda que seja, que o alcance em poder, em glória, em majestade e em fulgor.
Capítulo 5: O caminho do justo
Mesmo antes de descer as águas batismais, eu já havia sido batizado com o Espírito Santo e, para completar a minha alegria, recebi o dom da palavra. Havia na igreja em que eu congregava, um grupo de jovens que evangelizava todos os fins de semana em praças púbicas. Lembro-me que esse grupo de jovens, era composto por servos fiéis ao Senhor e que gostavam e se preocupavam em buscar os dons de Deus. Esses jovens, tinham renunciado às coisas que agradam a carne, para dedicar a vida a Jesus. Integrei-me ao grupo e estava bastante feliz em fazer parte daquele trabalho de evangelização, onde se podia notar o anseio de ganhar almas para o Reino de Jesus. Eu me sentia bem no meio deles, pois o meu intuito era também, já naquela época, como é até hoje, ganhar almas para o nosso Senhor Jesus Cristo.
Como de costume, antes de sairmos para pregar, nos reuníamos na igreja para orar e nessas reuniões, eu era o primeiro a chegar, pois sentia grande prazer e regojizo na oração desde de o inicio da minha conversão. Lembro-me como se fosse hoje, um dia que se tornou muito especial para mim; era um sábado e nós iríamos pregar na Estação da Luz em São Paulo. Estávamos, a maioria, em consagração a Deus; oramos e após fazermos os preparativos, saímos, ansiosos para falar às pessoas ainda não crentes, do amor de Jesus. Já estávamos no ônibus, quando nos lembramos que não havíamos escolhido ninguém para ser o mensageiro naquele dia; comentamos o assunto e não nos preocupamos mais, porque sabíamos que no momento oportuno, Deus, na sua infinita misericórdia, nos indicaria qual de nós seria o instrumento usado em suas mãos, para falar do seu poder maravilhoso.
Já estávamos na praça da Estação da Luz, eram mais ou menos, dezesseis e trinta horas. Um pouco antes de lermos a Bíblia e darmos inicio á mensagem, foi me dada uma oportunidade de relatar a minha conversão; como eu ainda não recebera o dom da palavra, senti um certo receio de não conseguir transmitir às pessoas que ali estavam, a minha conversão, de maneira satisfatória.
Na hora dos louvores em que o grupo todo estava cantando, eu havia me alegrado e cantado junto também, mas aquele momento era o de maior importância, era a segunda parte da concentração e esperávamos que Deus falasse de uma maneira bem tocante conosco, de tal forma que pudéssemos transmitir a todos aqueles que haviam parado para nos ouvir, a alegria, o regozijo que nos invadia, por termos a Cristo em nosso ser.
Desde de que me convertera, eu vinha pedindo a Deus, durante minhas orações, um dom especifico, ou seja, eu não estipulava o dom que gostaria de receber de suas mãos, mas eu pedia um dom que lhe conviesse e que servisse para ajudar ainda mais, à sua obra.
Na hora em que eu fui chamado para relatar o meu testemunho, eu não rejeitei, pois mesmo sem ter o dom da palavra, eu gostava de contar a todos a minha conversão que, para mim, era algo exclusivo e que não ocorrera com mais ninguém além de mim. Não era egoísmo de minha parte, ou alguma presunção minha, mas realmente parece que ninguém se sentia como eu, desde a minha conversão, até aquele instante. Eu costumava relatar o testemunho em dez minutos, nas oportunidades anteriores e pensava agir da mesma forma naquele instante, porém no meio do relato senti desejo de ler a Bíblia e os dez minutos que eu pensava serem necessários para dizer o que eu pretendia, pareceram muito poucos. Abri a Bíblia no livro de Tiago e comecei a discorrer o texto e sobre ele falei mais ou menos, uma hora sem que me faltassem palavras. Na verdade, eu encerrei a pregação porque já escurecia. Foi assim que eu recebi o dom da palavra.
Ao relatar aqui em poucas palavras, o modo como Deus me concedeu esse dom, pode parecer ter sido bastante fácil, mas não foi. Eu vivia em constante jejum e oração a esse favor, ou seja, para que Deus me concedesse um dom que lhe conviesse. Nesse dia em que recebi o dom da palavra, havia mais de vinte e quatro horas que eu estava de jejum; eu havia iniciado o jejum a Deus na sexta-feira ao me levantar e já estávamos no dia de sábado as dezesseis e trinta horas. Eu realmente busquei com muita sinceridade de coração os dons preciosos do Senhor, porque eu sabia que se tivesse apenas um dom de Deus, que fosse, nada poderia me deter e o meu intuito era, e é até hoje, derrotar a satanás; esse anjo do mal que escraviza e acorrenta suas vítimas, trazendo grande sofrimento à humanidade até hoje.
Capítulo 6: O encontro com Jesus
Graças à misericórdia do Senhor e por ser um jovem sincero, de bom testemunho, dedicado à obra de Deus e bastante esforçado, em pouco tempo tomei sob minha responsabilidade, por ordem do pastor de minha igreja, um tabernáculo na Vila Maria baixa, na avenida Guilherme Cotching, em São Paulo. Nessa época eu tinha seis meses de crente convertido ao Senhor, mas já havia descido as águas batismais, para cumprir a justiça de Deus. Lembro-me que no Domingo anterior ao batismo, eu estava ansiosos para que ele chegasse logo e na véspera desse dia, passei a noite na vigília; quando o relógio marcava seis horas da manhã de domingo, eu já estava no local; fui o primeiro a chegar à beira do córrego onde seria realizado o batismo. Assim, fui batizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, como manda a Palavra de Deus no livro de São Mateus, capítulo vinte oito e versículo dezenove: “Portanto ide, ensinai a todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.
Foi confiada a mim essa grande responsabilidade de tomar conta de um igreja, e por eu ser solteiro e recém convertido, as perseguições não demoraram a surgir. Elas vinham para me abater, mas não conseguiam, pois eu buscava refugio em Deus através do jejum e da oração. Havia alguns obreiros que eram pregadores e convertidos a muito mais tempo do que eu; eles começaram a sentir inveja, por eu ocupar aquele cargo para o qual fora designado. Sentiam-se ultrajados por haver sido confiado a mim e não a eles, a responsabilidade de um congregação tão abençoada como era aquela que eu havia assumido. Nas minhas orações comecei a suplicar a Deus por eles, para que Deus agisse segundo a sua vontade em mim.
No começo do ano de 1960, para evitar contendas e escândalos e mais discórdias, pois isso não convém aos santos, eu resolvi passar a responsabilidade daquela congregação a outro obreiro, pois diz a Palavra de Deus, no livro de Timóteo, capítulo dois e verso vinte e quatro: “O servo de Deus não deve contender e sim fugir de contendas, porque só servem para perversão dos ouvintes”.
Eu conhecia bem a palavra de Deus; até aquela data eu já havia lido a Bíblia duas vezes, de Gênesis à Apocalipse e fazia o curso bíblico “A Bíblia Sagrada”. Obedecendo o meu professor Jesus, que dizia: “Examinai as escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna e são elas que de mim testificam” (São João5:39).
Depois de ter passado essa fase de lutas e provações, fiquei apenas freqüentando os cultos por uns cinqüenta dias, mais ou menos, em diversas denominações diferentes. Sendo, então, convidado pelos dirigentes dessa igrejas, passei a pregar em seus templos , a palavra de Deus. Costumava fazer vigília todos os sábados e feriados. Um Domingo, após eu voltar de uma vigília, fui dormir e sonhei que estava falando do amor de Cristo, em uma igreja de outra denominação que não a minha e a qual eu nunca havia visitado.
Ao me levantar, mais ou menos, as treze horas, comecei a meditar no sonho; anotei o nome da igreja e fui visitá-la à noite. Cheguei e sentei-me bem atrás, num dos últimos bancos. O culto já havia começado e o pastor presidente da igreja, estava no púlpito. Logo após eu haver entrado, o pastor me chamou à frente, para tomar lugar no púlpito junto com ele e os demais pastores e presbíteros que ali estavam.
Quando eu subi ao altar, ele disse dirigindo-se à congregação: “Hoje, eu é que iria pregar, mas o irmão David está conosco e ele irá trazer a mensagem de Deus para nós e depois irá orar por todos”. Confesso que fiquei um tanto inibido e surpreso, porque nunca havia ido àquela igreja e no entanto, o pastor me conhecia; eu, que nunca havia desprezado a oportunidade de pregar o evangelho de Cristo, aceitei. Aquele foi um culto de grande poder e maravilhas e Deus operou poderosamente.
Nos instantes finais do culto, eu retornei a palavra ao pastor presidente e este, movido pelo Espírito Santo, perguntou á igreja, se gostaria que o irmão David Miranda viesse a ser um obreiro daquela denominação; na mesma hora a igreja vibrou, dando glórias a Deus e aleluias, enquanto eu, bastante emocionado me lembrei do sonho que tivera naquela manhã e que não tinha contado para ninguém. Aceitei o convite, crendo e tendo fé em Deus, que Ele iria operar grandemente por meu intermédio naquela obra, porque ali estava a confirmação do que Ele me revelara em sonhos.
Alguns dias depois, foi me dada uma congregação na Vila Maria, no Jardim Japão, para que eu tomasse conta. Em pouco tempo, aquela congregação prosperou mais do que as outras da mesma denominação e isso logo ocasionou outra inveja. O fato daquela igreja ter crescido rapidamente, serviu de pretexto para que alguns obreiros passassem a me perseguir. A inveja deles aumentou mais, quando eu, mesmo solteiro passei a fazer parte da diretoria daquela igreja Minha dedicação era grande à obra de Deus, eu era muito dedicado também aos membros daquelas igreja e sentia que era retribuído em minha afeição e que a igreja em geral, gostava muito de mim. O próprio pastor era a meu favor contra os invejosos, porque ele também via o meu esforço para com aquela congregação.
Devido a um problema de saneamento básico na cidade, a igreja sede não possuía água encanada; esta era pedida ao vizinho em baldes que eram enchidos e usados para limpar os banheiros e colocados em filtros para que o povo que freqüentava a igreja pudesse beber.
Mediante essa necessidade, eu pedi uma permissão à diretoria, para que junto com outro irmão, pudéssemos escavar um poço no próprio terreno da igreja, pois ela tinha condições e espaço suficiente. A diretoria permitiu-nos fazer esse trabalho e todas as sextas-feiras, quando saíamos do trabalho, íamos, eu e este irmão, que também era bastante esforçado, furar o poço. Trabalhávamos também aos sábados e domingos na perfuração; quando o poço já estava em sua etapa final, com dezoito metros de profundidade, juntaram-se três obreiros que eram presbíteros e quiseram nos fazer parar a perfuração do poço.
A Bíblia nos diz em I Corintios, capítulo três e versículo três: “Pois havendo entre vós inveja, contenda e dissensões, não sois por ventura carnais e andais segundo os homens?”
Estes três obreiros, não discerniam que era o diabo a induzi-los nessa discórdia e por não terem nenhum outro argumento, alegaram que o poço do vizinho produzia água em quantidade suficiente, para abastecer também a igreja, além da casa vizinha e que mais a mais, o vizinho nunca reclamara de dá-la gratuitamente a nós gratuitamente a nós e que sendo assim, não havia necessidade de que perfurássemos aquele poço no terreno da igreja. O pastor presidente, olhando para eles depois de tê-los ouvido, perguntou-lhes se alguma vez eles já tinham ido buscar água na casa do vizinho. Como não houve resposta o pastor lhes disse: “Sequer um único balde de água, vocês jamais tiveram coragem de ir buscar e tão pouco estão preocupados em ajudar na perfuração desse poço. Na verdade o que vocês querem é implantarem no nosso meio, esse sentimento de desunião e inveja, que demonstra impureza de coração e estão tentando impedir esse trabalho, que só ira trazer benefícios para a igreja; além do mais, esse assunto da perfuração do poço, já foi discutido amplamente entre a diretoria e havendo sido aprovado, vai continuar até o fim”. Mais uma vez satanás foi envergonhado, o pastor presidente encerrou o assunto e nós que trabalhamos naquela empreitada, continuamos o serviço.
Logo o poço, com vinte e um metros de profundidade, já estava produzindo água que ultrapassava a altura de dois metros e já havia água suficiente para encher os baldes, lavar os banheiros e para que todos pudessem tomar, sem que para isso fosse preciso incomodar o vizinho. Par mim, aquele poço parecia mais o poço de Jacó, onde Jesus havia parado em certa ocasião, para tomar água, próximo à Samária (São João 4:1-30). Depois do trabalho concluído, os presbíteros me perseguiram ainda mais; porém, como sempre fazia quando voltava da igreja, orava até altas horas pela madrugada, para pedir a Deus que aumentasse minhas forças e que eu pudesse vencer aquelas provações.
Capítulo 7: Uma vida debaixo da garça
Na noite do dia primeiro de novembro de 1961, ao voltar da igreja , como era de costume, eu fui orar. Naquela noite em especial, eu senti de prolongar em oração até alta madrugada e assim fiz. Comecei a orar mais ou menos, as vinte e três horas do dia primeiro e conforme ia orando, ia sentindo o poder de Deus se manifestando a cada instante, maior do que o anterior. Era mais ou menos, duas horas e cinqüenta minutos do dia dois de novembro; eu senti como se estivesse flutuando nos ares; já havia mais de três horas que eu orava a Deus sem cessar, de joelhos e com o rosto no chão. Minha roupa já estava molhada de suor; eu podia ‘viver’ naquele momento, o capítulo vinte e dois de São Lucas e versículo quarenta e quatro, que diz: “E posto em agonia, orava mais intensamente e o seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue que corriam até o chão”.
Eu senti que era o Espírito Santo, aquele que estava habitando em mim, me fazendo sentir aquela graça maravilhosa, pois Jesus quando orava no monte, por diversas vezes enfrentou noites frias e ainda assim suou. Todas as noites, quando eu orava ao Senhor, sentia o fogo divino do Espírito Santo e isso, para mim, já era algo normal de se acontecer; mas naquela noite eu estava me sentindo de uma maneira diferente. O fogo divino era o mesmo, mas parece que mais intenso. De madrugada eu já não me continha, minha carne parecia que estava se separando da minha alma; eu tremia compulsivamente da cabeça aos pés; até meus dentes pareciam bater uns nos outros; eu sentia que algo ou alguém de imenso poder, estava se aproximando de mim. O versículo dezesseis, do livro de provérbio, no capítulo oito, me veio à mente: “Eu amo aos que me amam e os que de madrugada me buscam, estes me acharão”. Havia já quatro horas que eu estava ajoelhado orando. Seres celestiais estavam comigo, ao meu redor, naquele meu pequeno quarto. Eu podia senti-los movendo-se ao meu redor. Não existem palavras que possam descrever o que eu sentia naquele momento; tudo o que eu já sentira de amável, sublime e glorioso na minha vida, parecia ínfimo perante aquilo que eu sentia naquele instante. Jamais uma criatura humana pode sentir algo parecido, a menos que esteja em contato íntimo com Deus. Lembrei-me da expressão de Jacó que dissera: “Este lugar não é outro, senão, a morada do Altíssimo” (gênesis 28:10-17). Eu me maravilhava com o som que podia ouvir. Sim, naquele instante, eu ouvia vários sons celestiais, vozes de arcanjos, coros celestiais. Aleluia! Algo glorioso acontecia.
Eu não conseguia pronunciar palavra, mas também eu, naquela hora, não queria dizer nada, não queria falar coisa alguma; eu queria apenas ouvir aqueles sons sublimes. De repente, uma voz se fez ouvir acima daqueles sons diversos. Era uma voz com o som de muitas vozes e ouvi que me dizia: “Meu servo não temas as lutas, pois te escolhi e grande obra tenho a fazer por teu intermédio. Muitos se levantaram contra ti, mas não prevalecerão. Aqueles que forem contigo Eu serei com eles, mas aqueles que forem contra ti, Eu serei contra eles” (Gênesis 12:3). “Por isso não temas a lutas e perseguições, porque grande obra tenho a fazer por teu intermédio. Eu enviarei povos e nações para que através de ti, eles sejam curados por mim.”
Eu não disse nada em palavras naquele instante e mesmo que tentasse dizer alguma coisa, não conseguiria. Porém, no meu pensamento eu perguntava: “Senhor esta obra será realizada através da igreja a que pertenço, ou através de outra?” E Ele me disse: “Eu darei o nome da igreja”. Depois disso, houve grande silencio, mas sua voz ainda ressoava naquele recinto. Era incrível! Sem que eu houvesse dito nada, Deus soubera da minha pergunta e me respondera.
Voltei a mim e vi que estava em meu quarto, porque eu estivera como que arrebatado, pois quando começara a ouvir a vós do Senhor, parecia que eu havia sido transportado ao paraíso ou a uma parte do céu. O lugar onde eu estivera ajoelhado por mais de quatro horas, estava molhado, ali havia uma grande roda de suor, que havia escorrido do meu corpo.
O Senhor me tocara com brasas vivas, tal qual ocorreu com Isaías: “Mas um dos serafins voou para mim trazendo na sua mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; e com ela tocou a minha boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios e a tu iniqüidade foi tirada, e purificado o teu pecado” (Isaías 6:6-7). Não contei a ninguém essa minha conversa especial com o Senhor; e por muito tempo ninguém soube do ocorrido entre eu e Deus, num momento de plena comunhão. Continuei a buscar a Deus pelas madrugadas, pedindo a Ele que me dissesse o nome da igreja, como prometera, para que eu fosse congregar nela; porque eu queria que sua promessa se cumprisse logo em mim. Eu esperava que Ele dissesse o nome de uma igreja já bastante conhecida e abençoada; e qual não foi a minha surpresa, quando após vinte e um dias de oração, Ele me disse o nome: “DEUS É AMOR”.
Depois que recebi o nome da igreja, fui procurá-la e fiz isso incansavelmente, mas não conseguia encontra; já pensava até que deveria ser uma igreja em outro estado que não o de São Paulo. Foi quando Deus me orientou dizendo através de divina revelação do Espírito Santo, que eu deveria fundar uma igreja e colocar-lhe este nome. Obedecendo a ordem do Senhor, entreguei a congregação a qual tomava conta, no jardim Japão, em Vila Maria, e sem dizer nada a ninguém, nem ao menos o pastor dirigente, dei início ao trabalho de fundação de uma nova igreja. Por certo, o pastor deve ter pensado, que o motivo da minha saída, era devido à grande luta pela qual eu passava e que já não estava mais suportando. A partir de então, eu pude entender, porque as lutas eram tão grandes, mas na época elas não me pareciam ter um porquê.
Capítulo 8: Ungido a pastor
Eu não tinha com fundar uma igreja, era apenas um cooperador, sem dinheiro ou qualquer outro recurso necessário a este propósito. Mas uma coisa era certa, eu sentia um grande desejo de falar do amor de Jesus. Comecei, então, a fazer cultos ao ar livre na Praça da Sé, em São Paulo, aos sábados e à noite. Pregava, também, nas praças dos bairros nos dias de semana. Eu era impulsionado a falar do amor de Jesus, pelo Espírito Santo de Deus.
No mês de março de 1962, fui despedido da firma onde trabalhava no escritório, como funcionário exemplar, já a quatro anos. Naquele tempo não existia o fundo de garantia e sim a indenização. Recebi uma certa quantia como indenização e com essa importância, de imediato, aluguei um amplo salão na antiga rua Setenta, hoje, uma avenida, em Vila Maria, bem próximo a onde morávamos. Paguei o aluguel do salão já por três meses adiantado.
No final do mês de março, inauguramos a igreja na antiga rua Setenta, hoje, Avenida Afonso Pena, em Vila alegre, região de Vila Maria. Estávamos tão ansiosos pela inauguração do salão, que não tivemos tempo de instalar a energia elétrica e pedimos emprestado a do vizinho, pois o salão era novo. Deus proveu todas as necessidades e pudemos contar, mais ou menos, umas cinqüenta pessoas no dia da inauguração.
Começamos o trabalho com cultos todas as noites, mas os membros que a igreja Deus é amor tinha, eram apenas minha mãe Anália, minha irmã Araci e eu. Certas noites, apenas eu e minha mãe comparecíamos à igreja, então orávamos, pedindo a Deus que enviasse as ovelhas que viriam a fazer parte daquele aprisco.
Deus tinha e ainda tem um plano com a Igreja Pentecostal Deus é Amor; sendo assim, enviou logo, algumas pessoas que se unirão à nossa igreja. Alguns irmãos fiéis a Deus, que nos conheciam e à nossa sinceridade já a alguns anos, vieram congregar conosco. A igreja não tinha ainda, condições de ter uma diretoria, nem um estatuto registrado. Havia também, a necessidade de separarmos alguém para pastor, a fim de que este pudesse celebrar a ceia aos membros.
Decidimos reunir os já setenta membros que compunham a Igreja Pentecostal Deus é Amor, em assembléia geral, para votar entre dois candidatos: eu e um outro irmão. Um de nós seria eleito pastor da igreja. No Domingo, dia quinze de abril de1962, às duas horas da tarde, demos inicio ao culto de consagração. Para que esse culto fosse realizado, enviamos cartas-convite a oito pastores de outras denominações evangélicas, que traziam a mesma doutrina que a nossa, convidando-os para esse evento. Ao receberem as cartas convites todos eles se prontificaram a vir derramar o óleo da unção sobre a minha cabeça; desta forma eu seria separado a pastor.
O culto havia sido iniciado as quatorze horas, já havia se passado uma hora, desde o inicio e nenhum daqueles oito pastores que haviam sido convidados e tinham confirmado que viriam, havia chegado ainda eu comecei a ficar preocupado e ao mesmo tempo, magoado, pois eu julgava que todos eles eram meus amigos e irmão em Cristo e me estimavam muito. Talvez o motivo de eles não terem vindo a esse evento, era o fato de eu ser ainda muito novo, o que os deixara um tanto receosos.
Quando mamãe e eu não tínhamos mais lágrimas de tanto chorar de decepção, o pastor Roberto Anésimo chegou. Eram, mais ou menos quinze e quarenta e cinco. Cheio de ansiedade, sem saber se ria de alegria ou se chorava de tristeza, eu passei a palavra a ele, que após ler a Bíblia no livro de Timóteo, capítulo três, explanou o texto e orou juntamente com a igreja. Em seguida, tomou em suas mãos, o óleo da unção e desceu do púlpito. Pediu que eu me ajoelhasse e eu o fiz. Quando me ajoelhei para receber a unção, comecei a sentir a mesma graça que sentira no dia dois de novembro, em meu quarto, quando Deus me visitara e falara comigo na madrugada.
Nesse exato momento, antes que a igreja se pusesse em pé e o pastor derramasse o óleo da unção sobre a minha cabeça, eu senti como se uma chuva de pedras, caísse sobre mim; em meus ombros costas e cabeça. Então a igreja se colocou em pé para a oração e o pastor derramou o óleo ungido sobre a minha cabeça. Neste instante, eu ouvi a mesma voz que falara comigo na madrugada do dia dois de novembro e esta voz me disse: “Meu servo, não é o homem que esta te ungindo e sim eu, que te escolhi, pois grande é a obra que tenho a fazer por teu intermédio”.
Pude repassar em minha mente a passagem do livro de I Samuel, capítulo dezesseis, verso doze: “Então mandou em busca dele e o trouxe, e era ruivo e de formoso semblante, de boa presença, e disse o Senhor: ‘Levanta-te e unge-o, porque este mesmo é”. Se o caro leitor puder ler a Bíblia, verá nesta passagem, que Davi, quando ungido a rei de Israel, era solteiro e ainda jovem.
Que dia de benção e de vitórias tão grandes, foi aquele para mim. Agora, a Igreja Pentecostal Deus é Amor, já tinha seu primeiro pastor para celebrar a ceia e as demais cerimônias que a Bíblia exige que sejam celebradas por um pastor ou presbítero. A igreja, já tinha alguns irmão membros e outros obreiros, em condições de fazerem parte de uma diretoria. Foi ai então, que fizemos o estatuto da Igreja Pentecostal Deus é Amor e registramos em cartório no dia três de julho de 1962. Se a lei exigia que fosse feito isso, assim seria feito, porque a Bíblia diz: “Dai a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus”.
Agora a Igreja Deus é Amor, já era uma pessoa jurídica e existia de fato.
Capítulo 9: A fundação da Igreja Pentecostal Deus é Amor
A igreja ainda possuía poucos membros e os dízimos que entravam ainda não eram suficientes para saldar as dívidas, nem sanar os compromissos que a igreja assumira. Devido a essa dificuldade financeira, eu voltei a trabalhar materialmente, pois havia uma grande necessidade de que os compromissos assumidos pela igreja fossem cumpridos. Eu tinha de pagar o programa de radio que apesar de serem apenas quinze minutos, era bastante caro. Este programa era apresentado três vezes por semana em um emissora, que tinha por nome Radio Industrial e ficava no bairro do Butantã. Alguns dias depois, conseguimos mais doze minutos na Radio Cacique, em São Caetano do Sul, também três vezes por semana. Além da igreja, havia também a minha mãe, que dependia de mim e eu não queria deixar faltar nada a ela ou em casa.
Após um ano da inauguração da igreja, nos mudamos para a Avenida Afonso Pena, para um pequeno tabernáculo, mas devido a perseguições por parte dos vizinhos, tivemos que nos mudar novamente e desta vez fomos para a rua Carmem Porto, em Vila Medeiros.
O primeiro batismo que realizamos, tínhamos apenas duas irmãs novas convertidas para batizar, mas para nós, aquela ocasião foi motivo de grande festa e regozijo. Alugamos um ônibus e fomos e voltamos cantando, por todo o trajeto; numa alegria muito grande. Lembramo-nos da palavra de Deus, que diz: “Mais vale uma alma salva, que o mundo inteiro perdido”.
Agora, mais do que nunca eu buscava a Deus. Nos acostumamos a reunir-nos na chácara de um irmão membro de nossa igreja, a fim de passarmos a noite em vigília buscando a face de Deus. Foi numa dessas vigília que Deus me deu o dom de divina revelação. Foi uma noite de poder aquela, um poder sobrenatural. Deus começou a me usar e revelou pessoas em pecado na vigília. Todos os sábados eu pregava em nossa igreja de São José dos Campos, após haver pregado lá, eu ia para a vigília e passava a noite com os demais que também compareciam.
No outro dia bem cedo, eu voltava para aquela cidade para fazer o programa a qual tínhamos todos os domingos pela manhã, das oito as nove horas, pela Rádio Piratininga, de São José dos Campos.
Eu, praticamente, só vinha à São Paulo à noite, para participar da vigília na chácara com outros irmão. Depois do programa, ao voltar para a cidade de São Paulo, no mesmo Domingo em que eu recebera o dom de revelação na vigília, fui pregar na nossa sede na rua Carmem Porto, como fazia todos os domingos a noite. Antes do término do culto, Deus me revelou uma criança que ia ser operada das amídalas, na segunda feira. Um pouco receoso tive medo de chamar à frente, aquela menina com a sua mãe, mas ao terminar o culto, chamei aquela mãe (uma senhora católica), para
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Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.(Mateus 6:33)
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Presidente de honra da ieaderp
Antonio Silva Santana nasceu em 1932 na cidade de Baixa da Palmeira (BA). Iniciou seus trabalhos na obra do Senhor Jesus ainda jovem, foi separado para o santo ministério em 1970 e auxiliou diversos pastores, até ser convocado a assumir a Assembléia de Deus na cidade de Franca (SP). Anos depois, foi convocado para presidir a IEADERP. Em 1994, iniciou o trabalho de construção de um grande templo, localizado na Via Norte. Em 2014 ele completará 30 anos de ministério. O evento de ação de graças aconteceu nos dias 11 e 12 de Janeiro de 2014 - no Grande Templo da IEADERP.
Para contato com o pastor presidente o email: comunicacoes.ieaderp@gmail.com ou pelo telefone 16 3636-9591 (Ribeirão Preto).
Pastor Antonio Silva Santana e irmã Lourdes Santana
Pastor Presidente.Jairo Santana
Palavra do Pastor Presidente ESTAMOS NA HORA FINAL.
A hora do esforço maior!
O Apóstolo João adverte: “Filhinhos já é a ultima hora”( I João 2 : 18)
O gelo da incredulidade tem apagado a chama de muitos corações.
Para nós é a última hora, por isso inimigo de nossas almas tem aumentado a sua semeadura, obscurecendo a obra de Deus e arrancando os últimos grãos de mostarda dos corações fiéis. Através de sutilezas, ele desvia a atenção dos crentes para o materialismo e destrói o vinculo da perfeição que procede do verdadeiro temor de Deus – principio de toda a sabedoria (Pv. 9:10). Tomemos uma decisão agora, antes que seja tarde demais, não basta termos uma visão das necessidades espirituais do mundo e continuarmos de braços cruzados, apenas sentir-se superficialmente comovido, o que nada resolve. É necessário que nos levantar, entrar em ação e fazer alguma coisa.
Paulo, o grande missionário, quando teve a visão do moço da Macedônia, não se esquivou, nem apresentou desculpas, mas deixou tudo e imediatamente partiu. Que o mesmo aconteça conosco! Que os nossos olhos contemplem os milhões sentados em densas trevas, esperando por alguém, por uma mão estendida para conduzi-los a Cristo, pois se aproxima o grande dia da volta do Senhor Jesus e muita coisa ainda há para ser feita. Precisamos reconhecer que ainda há muito que se fazer em prol da evangelização. O Mundo é um campo vastíssimo, muitas igrejas estão perdendo o seu vigor espiritual se envolvendo no luxo, na política; num evangelho social. Oremos irmãos, para que um verdadeiro avivamento venha abrasar os corações, assim teremos certeza que haverá semeadores em número suficiente para esta hora final.
Resta-nos pouco tempo.
Cristo convoca a todos os crentes – fiéis soldados para a obra do esforço maior. Entremos em ação, pois uma responsabilidade sem limites recai sobre os ombros dos legítimos servos de Deus.
“Livra os que estão sendo levados para a morte e salva os que já estão cambaleantes” Prov. 24: 11.
Nós somos os legítimos responsáveis por esta geração. Qual será a nossa atitude? Permaneceremos surdos ao gemido de milhões ao nosso redor que clamam por salvação?
Façamos nossas as palavras do Apostolo Paulo: “Porque se anuncio o Evangelho não tenho de que me envergonhar, pois me é imposta essa obrigação e ai de mim se não pregar o Evangelho” (ICo. 9:16). Urge uma ação total e poderosa da Igreja do Senhor no Brasil para a evangelização de todos as gentes. Os trigais estão maduros.
Que assim Deus nos ajude! Amém.
Pastor.Jairo Santana
Presidente da Igreja Evangelica Assembléia de Deus Missão Ministerio de Ribeirão Preto s/p
IEADERP
Poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos
os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!
A alguns deles não procuro, basta saber que eles existem. Esta mera condição
me encoraja a seguir em frente pela vida...mas é delicioso que eu saiba
e sinta que eu os adoro, embora não declare e os procure sempre...
Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu Seu filho unigênito,
para que todo aquele que nee crê não pereça, mas tenha a vida eterna.Jo 3.16,
Os Fundadores das Assembleia de Deus No Brasil os Misionário Suecos Daniel Berg e Gunnar vingren
ESTA ERA A PREGAÇÃO DOS MISSIONÁRIOS ,Jesus Salva, cura, batiza com o Espírito Santo e em breve voltará!
"Quando Daniel Berg e Gunnar Vingren chegaram a Belém do Pará, em 19 de novembro de 1910, ninguém poderia imaginar que aqueles dois jovens suecos estavam para iniciar um movimento que alteraria profundamente o perfil religioso e até social do Brasil por meio da pregação de Jesus Cristo como o único e suficiente Salvador da Humanidade e a atualidade do Batismo no Espírito Santo e dos dons espirituais.
Em 18 de junho de 1911, os missionários suecos e mais dezenove irmãos, oriundos da Igreja Batista de Belém, fundaram a Missão de Fé Apostólica, que mais tarde, em 1918, ficou conhecida como Assembléia de Deus".
“No dia 5 de novembro de 1910, os missionários suecos Daniel Berg e Gunnar Vingren deixaram Nova Yorque abordo do navio "CleMent" com destino à Belém do Pará. No início do século XX, apesar da presença de imigrantes alemães e suíços de origem protestante e do valoroso trabalho de missionários de igrejas evangélicas tradicionais, nosso país era quase que totalmente católico [...] Disso tudo surgiu a necessidade de que o trabalho fosse organizado como igreja, o que se deu a 18 de junho de 1911, quando por deliberação unânime, foi fundada a Assembléia de Deus no Brasil, tendo em Daniel Berg e Gunnar Vingren os primeiros orientadores [...] Em 11 de Janeiro de 1918 a denominação foi registrada oficialmente como pessoa jurídica. Com o nome de Assembléia de Deus.”
em 6 de Março de 1946 nasce o primero circulo de oração na casa de irmã Albertina no Recife .
Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.
2 Coríntios 5:17
VOCÊ AINDA PODE ESCOLHER, CEU OU INFERNO?EXISTEM DUAS PORTAS,UMA DELAS ENTRAREMOS
SEREMOS BEM RECEPCIONADOS,POREM A OUTRA SEREMOS EMPURRADOS E OBRIGADO A ENTRAR...
VEJA BEM,DUAS PORTAS E UMA SÓ ESCOLHA...E VC JÁ FEZ A SUA ???????
A HISTÓRIA DE LÚCIFER
Reflexição
Amigo é aquela pessoa com quem conversamos sem reservas,
independente da hora ele sabe oferecer o aconchego do seu coração sem pedir nada em troca, e quando ele precisa sabe que pode fazer o mesmo sem objeção, não importa o tempo que estejam distante fisicamente, amizade é irmã do amor e não tem cara, tem reciprocidade, afetividade, respeito, carinho, confiança e alegria.
Amigo é aquela pessoa que nos diz o que acha ser correto, mesmo não sendo o que gostaríamos de escutar, más sabe respeitar a decisão do outro sem censuras.
Amigo nos avisa do perigo quando não conseguimos enxergar, sem contrapor nas decisões tomadas.
Amigo sabe dar e receber o ombro amigo sem pré-requisitos, ele sabe ouvir, tanto quanto escutar...
Amigo naturalmente se comporta com aceitação mil e ameaça zero.
Não existe escola para formação de amigos,
eles por si já nascem aptos, por isto não impomos regras dentro de uma amizade,
elas se compatibilizam....
BANCO DE ORAÇÃO! Havia um certo homem na Bíblia que comoveu o coração do SENHOR. Este homem foi Jabez e foi recompensado pelo PODER DA ORAÇÃO. [Óh Senhor que me abenções] [Que alargues as minhas fronteiras] [Que seja comigo à tua mão] [E me preserves do mal] [De modo que não me...
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TWITTER: www.twitter.com/adbrasil Jesus Salva, cura, batiza com o Espírito Santo e em breve voltará! "Quando Daniel Berg e Gunnar Vingren, chegaram a Belém do Pará, em 19 de novembro de 1910, ninguém poderia imaginar que aqueles dois jovens suecos estavam para iniciar...
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Deus está abrindo uma porta diante de você. Porta aberta é sinal de boas-vindas, de cordialidade e de que você é aguardado. Jesus tem as chaves Assim diz o Senhor eu abro as portas conforme o Meu querer E as fecho também, Ninguém vai fechar o que Eu abrir, Ninguém vai abrir o que Eu...
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Eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia. 2º Timóteo 1:12 'Eu, espero com alegria a volta de meu Jesus para me levar com ele ir morar no céu de Luz pois ele me prometeu lá no céu um galardão ali terei um novo nome e gozarei...
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???O QUE É MISSÕES??? MISSÕES É ARTE DE AMAR. AMAR como JESUS amou. ARTE de se ENTREGAR, SE ENTREGAR COMO JESUS SE ENTREGOU. MISSÕES É ENTRAR EM GUERRA pra FALAR DE PAZ. É CHORAR PRA TRAZER ALEGRIA, É MORRER PARA TRAZER A VIDA. É DEIXAR MARCAS POR ONDE PASSAR, É MUDAR A HISTÓRIA DO MUNDO... É...
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Pois, misericórdia quero, e não sacrifício.” (Os 6.6). Olhar para o outro e chorar com ele, entender seus valores, compreender sua dor, respeitar suas decisões por mais estranhas que pareçam... Caminhar uma milha, carregar no colo quando necessário, ouvir seus lamentos, silenciar...
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